O Museu de Arte Sacra de Mato Grosso foi fundado em 10 de março de 1980, dentro do Seminário da Conceição. Lá foram reunidas diversas peças do período setecentista, remanescentes da Antiga Catedral do Senhor Bom Jesus e da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. No entanto, em meados desse mesmo ano, fortes chuvas provocaram o desmoronamento de parte das instalações e danificaram várias peças. Por causa disso, o acervo foi transferido para a Fundação Cultural de Mato Grosso, na Praça da República, a fim de continuarem expostas as obras de Arte Sacra. A partir de então, o Museu de Arte Sacra passa a ocupar atividades da Fundação Cultural, estabelecendo contato com o Governo Federal e Estadual, na expectativa de captar recursos para restauração do prédio do Seminário da Conceição. Em julho de 1982, um convênio firmado entre a Secretaria de Estado de Cultura, a antiga Sub-secretaria de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e o Governo Estadual, através da Fundação Cultural de Mato Grosso, viabilizou o início das obras de recuperação. Em oito de abril de 1984, o Museu de Arte Sacra ocupou novamente o espaço do Seminário.
Mesmo assim, funcionou por mais de seis anos, quando começou a apresentar problemas de manutenção. Em 1992, o Seminário e o Museu foram fechados. As portas foram reabertas ao público em setembro de 2008, depois de concluída a primeira etapa do processo de restauração do Seminário.
A oportunidade serviu para mostrar e sensibilizar as sociedades regional, nacional e internacional sobre o andamento dos trabalhos de restauro do acervo e do prédio do Seminário. A proposta é que a população possa integrar o patrimônio na sua reorganização cosmopolita, percebendo o Museu não só como um cartão postal, mas também como um espaço que ressalta os testemunhos da cultura do povo mato-grossense. Assim, é possível valorizar o povo local, que ainda hoje molda a identidade e a memória via integração social, econômica e cultural com as outras regiões do país e mundo.
A Missão do Museu é preservar, conservar, divulgar e transmitir a memória e a história do acervo do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, assegurando o acesso democrático ao museu e à visitação dos bens museais em exposição, através de políticas claras e coerentes e de ações educativas e pesquisa ao público visitante por meio de atividades de extensão cultural, numa perspectiva multidisciplinar de educação, lazer, produção e divulgação de conhecimentos. Tem como valores o respeito pela diversidade e pelos visitantes em primeiro lugar. Responsabilidade cultural, social e ambiental, além da preservação do patrimônio material móvel e imóvel do Museu. Autoavaliação, transparência, inovação e comprometimento. Ênfase na qualidade dos atendimentos e produtos. Compromissos com as diretrizes do Ibram e Sistemas Nacional e Estadual de Museus. Pesquisa e atenção prioritária aos portadores de necessidades especiais e de terceira idade estão entre os princípios gerais que norteiam a instituição.
Seminário da Conceição
O Seminário da Conceição está majestosamente erguido no Morro do Bom Despacho, ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, patrimônio legado aos cuiabanos por Dom José Antônio dos Reis, primeiro Bispo de Cuiabá (1832-1876). A construção do Seminário começou em 1858, com Dom José Antônio e foi concluída em 1882, por seu sucessor Dom Carlos Luiz D’Amour, segundo Bispo e primeiro Arcebispo de Cuiabá (1878-1921). Especialmente idealizado para a formação de seminaristas, o Seminário esteve de 1854 a 1888 sob gestão direta e exclusiva dos Sacerdotes Seculares do seu Clero. Entre 1890 e 1893 foi administrado pelos Lazaristas e, finalmente, pelos Franciscanos da Ordem Terceira Regular, de 1904 a 1925.
Atendendo às circunstâncias diversas do contexto histórico, o Seminário se transformou em Enfermaria durante a epidemia da varíola, em 1867, e Quartel General durante a luta entre os partidos políticos, em 1906. Em 1922, o segundo Arcebispo Dom Francisco de Aquino Corrêa transferiu a residência episcopal para o prédio, ali residindo por um período de 34 anos até seu falecimento, em 22 de março de 1956. Nesse período, o prédio abrigou ainda o Instituto Histórico e Centro de Letras da Província. O sucessor de Dom Aquino, Dom Orlando Chaves (1956-1982), continuou a direção do Seminário como Instituto de Ensino, utilizando mais tarde o pavimento térreo para dormitório e salas de aula do departamento de Ação Social Arquidiocesana. Em 1958, foi instalada a Rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá no piso inferior do prédio. E, em 1964, a ação religiosa do Seminário transferiu-se para o Seminário Cristo Rei, em Várzea Grande.
No ano de 1977, a Fundação Cultural de Mato Grosso tombou o Seminário da Conceição como Monumento Histórico Estadual, instalando nele o Museu de Arte Sacra de Mato Grosso. Em 1992, o Seminário e o Museu foram fechados e assim permaneceram por mais de uma década até a reinauguração.
Arquitetura
O prédio do Seminário é tipicamente colonial, com paredes de até um metro de espessura, sendo as internas construídas com a técnica de taipa de pilão e algumas partes em pedra canga (típica da região) e as externas de adobe. As janelas e portas da fachada são ogivais. A edificação possui pé-direito de sete metros, com dois andares e cobertura de telhas cerâmicas. Em 2001, atendendo ao pedido da Secretaria de Estado de Cultura, a Ação Cultural fez um levantamento das necessidades do prédio e elaborou um projeto de restauro do Complexo Arquitetônico que inclui a Igreja do Bom Despacho, o Seminário da Conceição e o acervo do Museu de Arte Sacra. O diagnóstico identificou condições precárias do espaço onde o acervo era mantido, além de problemas na sua edificação.
Restauração
Ainda em 2001, o projeto de revitalização do Complexo foi encaminhado ao Ministério da Cultura e aprovado. Iniciou-se então a conscientização e sensibilização do poder público e iniciativa privada para que o projeto captasse recursos através da Lei Rouanet. Em dezembro de 2004, a John Deere Produtos Agrícolas assumiu o patrocínio do projeto e, em fevereiro de 2005, começou a primeira etapa da obra. No mesmo período, o acervo do Museu foi retirado do Seminário para catalogação, higienização e acondicionamento adequado durante a obra. Em 2006 e 2007, foi realizada parcialmente a reintegração/talha das peças que faltavam dos altares barrocos e neoclássicos. Em 2007, foi concluída a primeira etapa da restauração do prédio do Seminário e o acervo foi devolvido ao seu lugar de origem.
Bibliografia:
PERRUPATO, Joacira Bulhões; MAIA, Marly Pommot. e Joacira Bulhões Perrupato, Museu de Arte Sacra Cuiabá Mato Grosso. Cuiabá – MT, 1980.
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1. Estudantes da rede pública de ensino fundamental e médio:
Apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela escola, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme o modelo único nacionalmente padronizado. A CIE deve conter:
2. Professores da rede pública de ensino:
Apresentar a carteira funcional emitida pela Secretaria Municipal ou Estadual de Educação, acompanhada de um documento original de identificação com foto.
3. Professores de universidades públicas:
Apresentar a carteira funcional emitida pelo órgão competente (Estado ou Município), juntamente com um documento original de identificação com foto.
4. Crianças com até 5 anos ou idosos a partir de 60 anos:
Apresentar um documento original de identificação com foto que contenha a data de nascimento.
5. Funcionários de museus ou associados do ICOM:
Apresentar a carteira da instituição, contendo o selo da anuidade.
6. Cuidador de pessoas com deficiência:
É aceita a autodeclaração, dispensando a apresentação de documentos comprobatórios.
7. Guias de turismo:
Apresentar documento que comprove a inscrição no sindicato da categoria.